O Gabinete de Ministros da Ucrânia aprovou lista de empresas públicas passíveis de privatização em 2015, no dia 12 de maio, por meio da Resolução nº 271. Ao todo, a relação de companhias estatais conta com 286 entidades, nas mais variadas áreas de atuação, das quais 43 ainda necessitam de aprovação do Parlamento para serem vendidas.

Entre as entidades que terão seus ativos vendidos, destacam-se: i) Sumykhimprom (http://sumykhimprom.com.ua/), a maior produtora de fertilizantes fosfatos do país, baseada na cidade de Sumy; b) Odessa Port Plant (http://opz.odessa.net/en/index.php), uma das maiores produtoras de amônia e ureia, localizada na região de Odessa; e c) companhia Centrenergo, localizada na região de Kiev (http://www.centrenergo.com/en/), que é uma das maiores companhias geradoras de energia elétrica da Ucrânia.

A lista publicada pelo Gabinete de Ministros ainda conta com várias companhias regionais transmissoras de energia elétrica, bem como diversas minas de carvão e usinas de eletricidade nas cidades de Kherson, Odessa e Mykolayiv. Há previsão de privatização de portos e empresas de navegação, mas, para tanto, a Verkhovna Rada (nome oficial do parlamento ucraniano) precisa conceder permissão. Entre essas entidades objeto do aval do Parlamento, encontram-se os portos de Mariupol, Yuzhniy, Illichivsk, Odessa, Berdiansk, Mykolayiv, Kherson, Reni Skadovsk, entre outros, além da Companhia Ucraniana de Navegação do Danúbio, sediada em Izmail, na região de Odessa.

O Governo ucraniano designou o Ministério de Desenvolvimento Econômico e Comércio a realizar road shows sobre as oportunidades de investimento advindas das privatizações na Ucrânia. Já estão planejadas conferências sobre o assunto nos Estados Unidos (em julho) e na Alemanha (em data ainda a definir), bem como grande evento destinado aos investidores privados em Kiev, no mês de setembro.

Com a expectativa de arrecadar alguns bilhões de dólares com a venda dessas empresas, o Governo ucraniano tenciona angariar recursos significativos para o orçamento público a fim de cumprir com seus compromissos internacionais. No entanto, analistas afirmam que o grande benefício da disposição dos ativos públicos será diminuir o tamanho do Estado na economia, a corrupção e a atuação em setores que não estão estritamente ligados à atividade estatal, como a administração de hotéis, fábricas de fertilizantes e vinícolas.

Trata-se de momento propício para a aquisição de ativos na Ucrânia, uma vez que a maioria deve ser comercializada com preços abaixo do seu valor de mercado, em decorrência da situação delicada por que passa o país. Muitas das empresas objeto de privatização abrangem áreas de possível interesse para investidores brasileiros, como fertilizantes, um dos principais itens na pauta de importações do Brasil para a Ucrânia.

Chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Kiev, Conselheiro Luis Fernando Corrêa da Silva Machado.

Mais informações: secom.kiev@itamaraty.gov.br.