Em razão do aumento da preferência dos consumidores alemães por produtos orgânicos regionais, surgiu, em 2004, a feira BioNord (atualmente em Hannover), com a participação dos principais produtores, distribuidores e compradores do norte da Alemanha. Situação semelhante no sul da Alemanha levou à criação, em 2009, da BioSüd (em Augsburg). Com a estreia da BioWest (Düsseldorf) e da BioOst (Berlim), em 2013, o mapa alemão de feiras regionais orgânicas ficou completo.

A terceira edição da feira regional alemã de produtos orgânicos BioOst ocorreu em Berlim em 19 de abril. Distintamente da feira Biofach, em Nuremberg, maior feira de produtos orgânicos do mundo, e com a presença tradicional do Brasil (pavilhões do Programa Organics Brasil/Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil e do  Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA), as aludidas feiras regionais atraem compradores que dão preferência a produtos da região (colhidos ou produzidos em distância máxima de 100km), embora contem também com expositores que consideram o alto preço ou a grande distância da participação na Biofach. A percentagem de expositores regionais que só participa na feira de sua região situa-se entre 15% e 20%. Cerca de 60% dos expositores expõem nas quatro feiras.

A edição de 2015 da BioOst contou com 2.135 visitantes profissionais (aumento de 7,5% em relação a 2014) e 290 expositores (contra 280 no ano anterior). Três dos maiores distribuidores nacionais (Dennree, Naturkost Erfurt e Claus Pural) estiveram presentes com estandes próprios. Várias startups de Berlim e de Brandemburgo aproveitaram a feira para lançar novos produtos.

Seguindo tendências internacionais (ou fortalecendo-as), destacaram-se na BioOst 2015 novamente os produtos veganos, assim como os superalimentos (termo usado para descrever alimentos com supostos benefícios para a saúde, por exemplo: goji berry, aloe vera, coco, cacau, maca, espirulina, camu-camu, açaí, guaraná, erva-mate), usados em geral como aditivo a bebida ou a drink energético, ou como fruta seca, em pó ou em cápsula.

A exposição dos referidos produtos e de bens de outros continentes (café, arroz, etc.) é quase sempre acompanhada de informações detalhadas sobre projetos de apoio a pequenas comunidades produtoras e sobre ações de sustentabilidade apoiadas pelo importador.

O Setor de Promoção Comercial (SECOM) da Embaixada do Brasil em Berlim visitou a feira para conhecer importadores e tendências do mercado, com vistas a avaliar o interesse da participação brasileira em edições futuras.

Chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Berlim, Conselheiro Aurélio A. Garcia-Avelino.

Mais informações: secom.berlim@itamaraty.gov.br.

Vista geral da feira BioOst 2015. (Foto: BioMessen/F.Arp)